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Organização Paroquial da Pascom

A Pastoral da Comunicação (Pascom) é um serviço essencial para a missão evangelizadora da Igreja, mas para ser eficaz precisa de organização, clareza de funções e espírito comunitário. Em cada paróquia, a Pascom nasce a partir das comunidades que compõem sua base viva — é lá que estão os primeiros missionários da comunicação: os agentes chamados de Pasconeiros.

A estrutura básica em cada comunidade paroquial deve ser pensada de forma funcional e pastoral. Em um modelo bem organizado, encontramos:

  • 1 Pasconeiro para edição de fotos
    • Responsável por selecionar, tratar e valorizar as imagens dos eventos paroquiais.
  • 1 Pasconeiro para edição de vídeo
    • Cuida da pós-produção de vídeos, cortes, legendas e qualidade sonora.
  • 1 Pasconeiro para criação de artes
    • Desenvolve materiais gráficos como convites, banners, posts para redes sociais.
  • 3 Pasconeiros para cobertura fotográfica e vídeo
    • Garantem registros completos e variados, atuando em missas, eventos, encontros pastorais.

Este é o ideal mais o coordenador, mas todo inicio não temos tanta gente e temos um artigo ajudando como podemos agir dentro das celebrações para dar conta.

Essa equipe comunitária representa o coração operativo da Pascom. Eles vivem a missão no chão da comunidade, conhecem as realidades locais, as pessoas, os desafios, e tornam a comunicação próxima e humanizada.

Sem essa base viva e atuante, não há Pascom de verdade: há apenas improvisação e ruído.


O papel do Coordenador Paroquial da Pascom

Acima dessas equipes comunitárias, a paróquia precisa de um Coordenador Paroquial da Pascom.

Ele não é um chefe autoritário, mas um facilitador, articulador e cuidador. Seu trabalho é:

  • Integrar as equipes das comunidades, alinhando práticas e objetivos.
  • Planejar as ações de comunicação de toda a paróquia.
  • Orientar formações, encontros, retiros para os Pasconeiros.
  • Garantir unidade na identidade visual e na mensagem evangelizadora.

O coordenador paroquial caminha lado a lado com os coordenadores das comunidades, mantendo diálogo constante, respeitando as realidades locais e garantindo que ninguém fique para trás.

Seu trabalho é profundamente sinodal: escutar, discernir e decidir juntos.


Integração com a Liturgia, o CPP e o Pároco

Uma Pascom bem estruturada não vive isolada. O coordenador paroquial da Pascom também precisa caminhar lado a lado com a Liturgia, o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e o Pároco.

Essa articulação garante:

  • Que a comunicação respeite a espiritualidade litúrgica da paróquia.
  • Que as ações comunicativas estejam alinhadas ao planejamento pastoral (CPP).
  • Que todas as decisões sejam pastoralmente orientadas pelo Pároco, mantendo comunhão com o projeto evangelizador da Igreja.

Assim, a Pascom não é um “departamento à parte” ou uma agência de marketing, mas um serviço eclesial que serve à missão.


Formações e Reuniões

A organização paroquial da Pascom não acontece sozinha: ela se constrói na vivência comunitária, na escuta mútua e no compromisso pastoral. Para isso, as formações e as reuniões são fundamentais, fortalecendo a unidade e a missão.

Os líderes das comunidades precisam se reunir após a reunião do CPP (Conselho Pastoral Paroquial) — seja de forma online, mas preferencialmente presencial — para planejar, articular e alinhar suas equipes com os movimentos e necessidades da paróquia. Esse momento de partilha permite escutar realidades locais, esclarecer dúvidas e garantir que cada ação comunicativa responda de verdade às demandas pastorais.

Após essa reunião geral, os coordenadores de cada comunidade têm a responsabilidade de se encontrar com seus Pasconeiros, animando, orientando e dando seguimento ao planejamento definido. Essa “segunda rodada” de encontros mantém o compromisso vivo e evita que as decisões fiquem apenas no papel.

Formações: duas dimensões importantes

As formações paroquiais podem (e devem) se dividir em dois momentos distintos para serem mais proveitosas, aprofundadas e realmente transformadoras:

  • Primeiro momento – Formação técnica e prática:
    • Os coordenadores precisam garantir, ao menos 1 vez por ano, uma atividade prática para capacitar os Pasconeiros em técnicas de fotografia, edição de vídeo, criação de artes ou cobertura de eventos.
  • Segundo momento – Formação espiritual e de unidade:
    • É fundamental marcar um dia dedicado à espiritualidade, à oração e ao fortalecimento dos laços fraternos. Uma excelente ideia é pedir ajuda à Pastoral Litúrgica para organizar esse encontro, criando um ambiente orante, com reflexões bíblicas ou litúrgicas.
    • Também é recomendável convidar o Pároco para dar uma palavra, fazer uma pregação ou mesmo ouvir dúvidas e sugestões.
    • Ambos os momentos podem incluir debates em pequenos grupos e terminar com um lanche partilhado, fortalecendo o espírito de comunidade e amizade.

Além dessas formações internas, uma ideia riquíssima é promover encontros entre equipes de Pascom de paróquias vizinhas, criando redes de cooperação, trocando experiências, sugerindo soluções criativas e partilhando as alegrias e os desafios da missão.

Esses encontros podem acontecer de forma leve e agradável:

  • Um piquenique em um parque aberto.
  • Um passeio a uma igreja icônica ou um museu histórico, unindo formação cultural com a prática da arte da fotografia.
  • Um momento de oração comunitária em um espaço contemplativo.

Essas iniciativas geram espiritualidade encarnada, unidade pastoral e renovação missionária, porque nos lembram de que comunicar bem é, antes de tudo, caminhar juntos como Igreja em saída.


Conclusão

Organizar a Pascom paroquial vai muito além de dividir tarefas: é criar uma rede viva de agentes comprometidos, unidos por uma missão evangelizadora. Com uma base comunitária forte, um coordenador articulador e um diálogo constante com a Liturgia, o CPP e o Pároco, a Pascom se torna um verdadeiro instrumento de comunhão e anúncio do Evangelho. Que cada agente, cada coordenador e cada comunidade descubra nessa organização não um peso, mas um chamado a servir com alegria e criatividade.


FAQ – Perguntas Frequentes

1. Quem pode ser Pasconeiro?
Qualquer leigo ou leiga com desejo de servir na comunicação, disposto a aprender e evangelizar com responsabilidade.

2. O coordenador paroquial pode decidir tudo sozinho?
Não. Algumas decisões já vem direto do CPP e/ou do Pároco onde o mesmo articula com seus coordenadores de comunidade para novas tomadas de decisão juntos articulando efetivamente suas equipes.

3. Qual o papel do Pároco na Pascom?
Acompanhar pastoralmente, aprovar planejamentos, oferecer apoio espiritual e ser presença motivadora e orientadora.

4. Como manter a unidade entre as comunidades?
Com diálogo constante, reuniões regulares e formações conjuntas que criem identidade e compromisso comum.

5. Por que a formação espiritual é importante?
Porque comunicar na Igreja não é só técnica — é transmitir valores, fé e amor de forma coerente e inspiradora.

6. Podemos fazer encontros com outras paróquias?
Sim! Isso fortalece vínculos, amplia ideias e gera comunhão entre agentes de diferentes realidades.

7. Como envolver mais pessoas na Pascom?
Divulgando o serviço, convidando com empatia e mostrando que todos têm algo a contribuir, mesmo sem formação prévia.

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